sábado, maio 13, 2006

Clutching at Straws


Fala-se muito em música para as ocasiões, música para ouvir ao conforme do estado de espírito, no entanto, pondero se não tem mais valor a música que nos molda a disposição. Desde há vários anos que conheço Marillion, a referência do neo prog nos 80s. A empatia foi quase imediata, o travo a Genesis foi determinante para seguir com a atenção o percurso da melhor fase do grupo de 83 a 87. O joker lírico da banda, Fish, desenha um imaginário retirado de experiências e sentimentos intímos, para o partilhar com uma audiência que está presa a cada palvra sua. Em 4 registos de estúdio a banda comprou o bilhete para a eternidade, o brilhante Script From a Jesters Tear, o inacessível teatro de Fugazi, a tragédia pessoal de Misplaced Childhood, e por fim aquele de quero falar, o limiar da decadência, Clutching at Straws. Este último album é a despedida em glória do anti-herói, do anti-rockstar, Fish. Representa a empatia para com aqueles que perderam tudo, para com os sonhadores, para com os românticos e para com quem escolhe ver a vida pelo fundo de uma garrafa. É um autêntico vício para mim ouvir este cd, não consigo deixar este pedaço de genialidade criativa. Não é o melhor deles a nível instrumental ou até mesmo lírico (embora ande lá perto), mas, é onde tudo se adequa, onde os músicos descrevem na perfeição a mensagem. Não é um manifesto, é antes um quadro, para onde insisto em olhar.

5 comentários:

Anónimo disse...

Really amazing! Useful information. All the best.
»

Anónimo disse...

I love your website. It has a lot of great pictures and is very informative.
»

Anónimo disse...

Nice idea with this site its better than most of the rubbish I come across.
»

Anónimo disse...

Interesting website with a lot of resources and detailed explanations.
»

Anónimo disse...

Very pretty design! Keep up the good work. Thanks.
»